" Mas na profissão, além de amar tem que saber. E o saber leva tempo para crescer."
Rubem Alves

domingo, 20 de março de 2011

Os anos decisivos da formação mental...

O crescimento do cérbro humano não é regular nem contínuo. As áreas cerebrais tÊm picos de desenvolvimento que coincidem com os saltos cognitivos das diferentes épocas da vida, e que ocorrem especialmente entre o período intra-uterino e os 3 anos de idade em que já alcançou proporções adultas. O mesmo se dá com o desenvolvimento psíquico e social: decorre de etapas relacionadas, sendo os cincos primeiros anos de vida fundamentais para sua estruturação. Acompanhe esses fascinantes processos que será postado aos poucos no blog.
Embrião
De início são células indiferentes que se dividem; só no útero se transformarão no embrião. Na terceira semana gestacioanl, ocorre a diferenciação do tecido celular que originará o encéfalo; na quinta, formam-seos hemisférios cerebrais ( o esquerdo relacionado à linguagem e ao pensamento lógico; o direito às funções vísuo-espaciais). Surgem respostas motoras reflexas e, na sétima semana, movimentação espontânea da coluna vetebral.

Feto
Entre o segundo e o quarto mês de gravidez ocorrem a proliferação de células nervosas e o aumento cerebral. Na 12ª semana o feto já reage a sons, em eswpecial à voz materna, e à temperatura. Na 16ª semana responde a estímulos luminosos e à dor. Surgem a sucção e a discriminação de sensações gustativas. Com o desenvolvimento do encéfalo, reações a estímulos tormam-se mais elaboradas.

0 a 2 Meses
O cérebro tem um terço do tamanho daquele do adulto, e a quantidade e eficiência dos circuitos neurais em formação dependem de estímulos. Das 16 horas dormidas, 50% são de sono REM, importante na consolidação de memórias e na temorregulação corporal. Enxerga com nitidez apenas o que está a 30 cm dos olhos. Ainda não tem consciência de si e das coisas, funciona como extensão do corpo que dele cuida. Tem preferências pelo cheiro materno; a voz feminina tem efeito tranquilizador sobre ele. Os gestos e o olhar direcionados ao filho pela mãe são fundamentais para inseri-lo no campo da linguagem, mesmo antes de articular palavras. Com um mês, emite sons guturais, que em algum momento perceberá serem produzidos por ele mesmo. Aos 2 meses, reconhece familiares, acalma-se ao ouvir vozes e esboça sorrisos.

3 a 5 Meses
Aos 3 meses começaa perceber a assimetria corporal e a ter maior controle motor do corpo. Procura objetos removidos de seu campo de visão. Aos 4 meses produz e imita sons. Ri e expressa desagrado, balança objetos sonoros para escutá-los. Com 5 meses aumenta a interação com as pessoas. Consegue discemir a voz doce es áspera.

6 a 8 Meses
No sexto mês, percebe a própria imagem corporal de forma unificada, etapa decisiva para o desenvolviemnto subjetivo. Início da diferenciação mãe-filho, com a entrada de mediadores, base da futura socialização. Aos 8 meses, experimenta a angústia de separar-se da figura de apego: desconfia de estranhos. Já diferencia o "eu" do meio. Compreende o significado da palavra "não". Fala sílabas dobradas, base para a aprendizagem dos sons e palavras.

9 a 11 Meses
Achar objetos escondidos torna-se brincadeira a partir dos 9 meses, quando é capaz de imitar e repetir sons silábicos. Aos 10 meses, começa a definir a mão dominante. Aos 11 meses volta a suportar a solidão. "Dá" objetos pedidos, mas sem soltá-los. A motricidade mais fina bem desenvolvida e já caminha com apoio.

1 Ano
As atividades cerebrais e o metabolismo ganham impulso. O lobo frontal, responsável po linguagem e raciocínio, está bem desenvolvido. Está pronto para a fala e percebe com maior rapidez os fonemas usados em seu meio. A pronúncia é o primeiro aspecto da linguagem qua se fixa no cérebro. As palavras expressam desejo e podem equivaler a uma frase inteira. Define-se o tipo de apego que terá com o cuidador. A partir do 13º mês, usa muito a palavra "não". Imita os adultos, começa a rabiscar. A partir do 16º mês repete o que ouve, cantarola, aprende a montar quebra-cabeças. Pode ser estimulado no controle dos esfíncteres. No 20 mês, percebe a função simbólica da fala e forma frases com duas palavras.


2 Anos
A superfície cortical já atingiu o tamanho da de um adulto, mas seu cérebro faz o dobro de sinapses e consome o dobro de energia. Concentra-se apenas por 5 minutos em uma atividade. Monta frases de três palavras. Diferencia "eu" e "você". Manifesta ciúmes e tenta impo vontades.

3 aos 5 Anos
Substitui a relação física de apego com a mãe pela linguagem e brincadeiras com outras crianças. Até os 3 anos, uma única rede neural torna fácil o aprendizado de mais de uma língua (depois, haverá uma rede para cada uma, dificultando o processo). A criança de 5 anos compreende as regras sociais, mas não o sentido dos princípios que regem, o que ocorrerá por volta dos 8 anos. Faz o uso de verbos no indicativo e no futuro, de adjetivos e preposições e produz todos os fonemas de sua língua. Seu vocabulário tem, em média, 900 palavras.



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